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Conheça a história do jovem que cultiva uva no sertão do Piauí

Por Iranete Dantas

Brasil a produção de vinho tem recebido destaque, a cada ano que passa essa atividade tem ganhado força, os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul são os maiores produtores no país, a Serra Gaúcho é responsável pela maior produção de uvas no Brasil, mas outros estados já começaram a investir na produção.



Os estados ainda contam com festivais e feiras de uvas que já são tradições por lá. O Brasil não tem histórico de fabricação de vinhos de alta qualidade, mas vem se aperfeiçoando com a produção, chegando até a ganhar prêmios internacionais.



No sertão do Piauí existe Dom Expedito Lopes uma cidade pequena, localizada na microrregião de Picos, às margens da BR316,com cerca de 9 mil habitantes, com temperaturas mais amenas por conta da localização numa área de chapada, de terra seca, mas fértil. Está começando como cultivo de uvas, uma produção nunca idealizada pelos habitantes dom-expedito-lopenses.



Há três anos o estudante de agronomia Rafael de Sousa Nobre decidiu investir em plantio de uvas (vinícolas) em meio ao sertão expeditense e teve grande sucessos com a sua plantação.


Rafael é filho e neto de agricultor, a família sempre trabalhou na agricultura familiar, desde muito novo viu o sofrimento dos pais pegando pesado na roça para sustentar a casa e os estudos dos filhos, foi aí que nasceu a paixão pelo campo. Rafael conta que a vida nunca foi fácil, ele teve que trabalhar na roça desde novo, mas sempre mantendo o sonho de estudar e desenvolver uma agricultura de forma mais tecnológica na região.



O jovem estudante de agronomia conseguiu entrar em uma universidade pública na cidade de Picos e começou a colocar em prática o que havia  aprendido no curso, o sonho foi se concretizando, dando início ao plantio de forma irrigada há 4 anos, no entanto, ele só plantava o básico como milho, mandioca e feijão, mas decidiu testar outras culturas. Há três anos começou com o plantio de uva de forma experimental, mas só depois de um ano e meio começou a trabalhar com o fruto de forma comercial. 

“Maior parte do sustento da família vem do campo, ter uma agricultura familiar forte é sinal de comida na mesa”, pontuou Rafael.




 


                                                        

Dom expedito Lopes tem solo fértil pra qualquer cultura, apesar do solo não ter uma profundidade adequada, as raízes resistem à seca. É marcado por extrema irregularidade de chuvas, mas quando chove é o suficiente para produzir. Rafael foi o primeiro agricultor a plantar uvas no município, “A uva tem um custo mais alto, mas o retorno é bem melhor do que trabalhar com feijão e milho”, comparou.



O plantio de uvas começou por um desejo de criança, Rafael fala que quando era pequeno o pai agricultor adquiriu uma muda de uva, tentou produzir, mas não conseguiu e ele ficou com aquela situação na cabeça. Quando entrou pra o curso de Agronomia uma colega de sala sempre falava do plantio de uva que tinha com o pai e isso despertou a curiosidade dele, que se uniu ao desejo que tinha quando criança de produzir, assim decidiu ir atrás de uma muda para plantar.



Os frutos das videiras nasceram e os resultados da produção foram positivos, mas o jovem passou por algumas dificuldades, a falta de água foi a maior que o desafio em relação ao solo, mas foi suprida por irrigação, o solo também deu um pouco de trabalho por ser ácido, mas foi corrigido com calcário.


A produção de uva nessa região deu resultado graças a combinação de três fatores: solo, sol e água para a irrigação. O sistema usa água de um poço perfurado pela família.  Hoje a produção conta com três parreiras, que no total equivale a 1000 metros quadrados, duas vezes por ano fazem a colheita e de um ano e meio pra cá a família está trabalhando de forma comercial com a  uva.



Entre as propostas, o jovem Rafael planeja aumentar a produção. Até então só esta expandindo a espécie BRS Núbia, mas pretende plantar outras variedades e a

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