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Conheça os benefícios em adotar um animal durante a pandemia

Membros da Apapi com filhote de cachorro adotado

Por Maria Hilda- Acadêmica de jornalismo   

Os animais são os seres mais carinhosos que podemos conhecer. São cuidadosos, curiosos e muito fofos, sabem se expressar da melhor maneira. Com seus instintos nos conquistam e mostram com o simples olhar o amor mais puro que podemos conhecer. Apesar de todo carinho e afeto, existem dezenas de animais abandonados nas ruas. Sem falar dos maus tratos que muitos sofrem acarretando sequelas para o resto de suas vidas.
Segundo dados do Instituto Pet Brasil (IPB) do ano de 2019, cerca de 3,9 milhões de animais vivem atualmente em situação de vulnerabilidade no país (os animais em condição de vulnerabilidade, segundo a pesquisa, são aqueles que vivem sob tutela das famílias classificadas abaixo da linha de pobreza ou que vivem nas ruas, mas recebem cuidados de pessoas). Os cães representam 69% (2,69 milhões), enquanto os gatos correspondem a 31% (1,21 milhões).

Na pesquisa o IPB apurou a existência de 370 ONGs que atuam na proteção animal, as organizações estão divididas por região: 46% na região Sudeste, a região Sul tem 18%, o Nordeste com 17%, Norte com 12% e centro oeste com 7%. A cidade de Picos, que está localizada no interior do Piauí, conta com a ONG Amigos Protetores dos Animais de Picos (Apapi) que dispõe de voluntários para ajudar no combate a violência contra os animais e auxiliando no processo de adoção.
Francisca Betanha Santos Coutinho, formada em Ciências Contábeis, atua como Coordenadora Administrativa e de Recursos Humanos da Faculdade R.Sá. Nas horas vagas do seu trabalho é como voluntaria da Apapi, fazendo parte da diretoria. Um trabalho feito com amor em favor dos animais, ela explica os passos para adotar um animal em Picos.

Além de mudar a vida dos novos donos, os animais de estimação também ajudam na redução da ansiedade, a psicóloga Flávia Marcelly de Sousa Mendes da Silva explica como esse tempo de pandemia é um bom momento para adotar um animal “Estamos vivendo um momento atípico, estamos vivendo um momento que nossa rotina foi modificada, nossas gratificações positivas foram retiradas. A própria convivência familiar também foi ceifada, o distanciamento social ele foi proposto justamente pra que a gente possa evitar o contágio. E o fato de você adotar um animal nesse momento faz com que você tenha um recuso positivo pela convivência com este animal, pela rotina que este animal vai te trazer”, afirma.

A vida desses animais depende muito da humanidade, seres indefesos que muitas vezes passam por maus tratos, fome, abandono. Mas que só querem carinho, atenção e um lar. Para quem adota só tem a ganhar amor, uma troca de afeto e respeito. Sem dúvida, as melhores experiências com esses bichinhos, como explica a jornalista Ruthy Costa, que desde julho de 2012 adotou o gato Marley e hoje é mais que um filho, ou como o Abel Ferreira que adotou um filhote de cachorro completando a alegria da casa e o Jornalista Jailson Dias com a chegada do Duque na sua casa há cinco fez com que se sentisse mais alegre e motivado.


Além do carinho, as pessoas que querem adotar precisa entender as responsabilidades que tem ao tomar conta de um animal, o Veterinário Fagner dos Santos de Moura fala das obrigações para quem adota:

Mesmo com toda força tarefa da Apapi, a ONG não conta com espaço para abrigar os animais resgatados das ruas, nesse cenário surgem os lares temporários que servem de apoio para abrigar esses animais que são resgatados. Juliana Campos Nascimento é voluntária da Apapi desde 2018 e não esconde a felicidade em ajudar esses animais oferecendo um lar temporário.
“A sensação em dar um lar temporário, é de grande privilégio, é uma chance de me sentir renovada. Cada vez que presencio uma adoção após o animal passar pela minha casa, de receber um abraço dos nossos peludinhos e de dar uma segunda chance pra esses animais terem a oportunidade de encontrar um lar definitivo onde serão amados, cuidados, zelados. Então, é a oportunidade de fazer a diferença não apenas na vida desses animais, na vida das pessoas que também acabam sendo tocadas por nosso trabalho e os benefícios que o animal traz pra sua vida emocional, psicológica, espiritual, enfim. Então é uma sensação muito boa, de privilégio”, explana.
Na casa de Juliana já passou cerca de 30 animais, atualmente ela toma conta de seis cachorros: Pérola, Atena, Dicaprio, Donatelo, Pietro e a Duda, todos recebem o mesmo carinho todos os dias pela voluntaria. Juliana ainda explica que os cães, por serem adultos, têm mais dificuldades para encontrar um lar definitivo, “existe um grande tabu em relação a adoção de animais adultos, o que é uma grande bobagem e falta de conhecimento sobre os animais e que nós estamos dispostos a orientar e explicar as pessoas que desejam adotar um cão adulto”.
E para quem deseja se tornar voluntário como a Juliana é simples, basta ter responsabilidade e compromisso, essas são as palavras chaves, pois ao receber um animal na sua casa é necessário ter paciência, requer tempo para cuidar, para brincar, passear, para tratar do animal dependendo da situação em que ele é resgatado. “Muitos deles têm medo de serem amados, o animal sofreu tanto na vida que ele tem medo que você chegue perto dele. Então é algo muito prazeroso quando o animal vê que você quer cuidar dele, quer amar. Então, se você é um simpatizante da causa animal junte-se a nós”, completa.
Nas redes sociais da Apapi você fica por dentro das ações solidárias, lares temporários e animais para adoção.
Instagram: @apapi_Picos

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