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PICOENSE EM TEMPOS DE PANDEMIA: REALIDADE E DESAFIOS NO CENÁRIO EDUCACIONAL

por Wanantha Borges – Acadêmica de jornalismo da faculdade R.Sá

Foto: Sarah Aquino

Com o surgimento da pandemia provocada pelo novo coronavírus no mundo, as redes de ensino, assim como outros setores vêm sofrendo impactos incalculáveis e passando por mudanças. A nova realidade objetiva que a população se mantenha em casa para conter a propagação do vírus, com isso empresas tiveram que fechar suas portas por tempo indeterminado.

Na área da educação não foi diferente, escolas, creches e faculdades também tiveram suas atividades interrompidas no decorrer do mês de março deste ano (2020). Com isso cerca de 1,5 bilhão de alunos ficaram sem aulas presenciais em mais de 150 países, segundo o relatório do Banco Mundial.

Cerca de um mês depois da paralisação nessa área, as redes de ensino retomaram seus trabalhos, só que dessa vez com a novidade da substituição das aulas presenciais pela modalidade remota de ensino.

Assim a nova adaptação das redes de ensino picoense tem sido uma questão bastante desafiadora para os estudantes, levando em consideração que muitos não usufruem das ferramentas tecnológicas necessárias para o devido acompanhamento das aulas e atividades repassadas pelos professores.

ADAPTAÇÃO E DESAFIOS AO ENSINO REMOTO

Visto que este é um cenário temporário a ser vivenciado nas instituições educativas na cidade de Picos, os alunos veem essa mudança como um confronto diário entre o desempenho acadêmico e as incertezas sobre a retomada das aulas presenciais, levando em consideração que a forma de ensino foi modificada gradativamente por todo o país, isso como forma de levar o conhecimento educacional, mesmo em tempos de pandemia.

Foto: Sarah Aquino
estudante de psicologia

A estudante de psicologia, Sarah Aquino ressalta que nesses últimos quatro meses a adaptação à educação remota têm sido motivo de desafios, por se tratar de algo novo. No entanto, assistir aulas no conforto da sua casa possibilitou a estudante desenvolver com mais empenho e atenção suas atividades, evitando a procrastinação. Como isso, Sarah faz a identificação que tanto o conforto como confronto eles existem, e está nas mãos de cada estudante cumprir com as obrigações, mesmo que seja nesse tempo.

Foto: Daniel Reis
estudante de jornalismo

O acadêmico de jornalismo Daniel Reis, descreve que a principal dificuldade encontrada é acompanhar o ritmo pedagógico da faculdade, considerando que as atividades acadêmicas sempre foram em grande quantidade, no entanto devido ao período de isolamento, a execução dos trabalhos se torna mais complexa.

Foto: Manuella Revelly
estudante do ensino fundamental II

A estudante da rede de ensino fundamental II, Manuella Revelly, enfatiza que os desafios enfrentados pelos estudantes e também pelos próprios professores não tem sido uma tarefa fácil. A estrutura sócio emocional, o método de ensino e os resultados no aprendizado, tudo isso foi modificado segundo a aluna. Com isso conclui que mesmo diante desse cenário, o melhor a se fazer é buscar formas de adaptação para usufruir ao máximo do conhecimento repassado.

Em relação aos professores, ingressar nessa realidade também foi motivo de aprendizado, visto que necessitaram realizar novos planejamentos. O professor Jailson Dias enaltece que a nova modalidade de ensino-aprendizagem na plataforma virtual é bastante relevante nesse período de pandemia, principalmente em relação ao conhecimento que não ficará perdido e nem parado. Tudo isso graças ao desenvolvimento tecnológico que é de suma importância nesse momento para execução de atividades educacionais, assim como em demais setores.

Vídeo: Jailson Dias


ROTINA ACADÊMICA ANTES E DEPOIS DO SURGIMENTO DA PANDEMIA

O período de quarentena tem trazido grandes mudanças na rotina dos estudantes. Essas transformações foram pensadas com intuito de promover a segurança dos estudantes e professores, permitindo a continuidade das atividades acadêmicas.

Como o coronavírus tem aumentado cada vez mais no estado do Piauí, assim como na cidade de Picos, a volta para rotina acadêmica está suspensa no momento. Assim, a modalidade de ensino remoto, apesar de ser alvo de grandes desafios, pode ser considerada também como a solução , que permite aos estudantes a possibilidade do não atraso no tempo de integralização, isso de forma segura e viável para a grande maioria.

Estudantes relatam como eram desenvolvidas suas atividades acadêmicas antes e durante o isolamento social:

“Os nossos estágios iriam começar agora nesse quarto período, que seria o estágio ligado a psicologia escolar, mas por força maior ele será adiado. As nossas práticas em sala sempre estavam ligadas às rodas de conversa, aos debates de assuntos particulares à psicologia e a troca de aprendizado entre aluno e professor”, comenta Sarah Aquino.


Antes // Depois

“Com o surgimento da pandemia, ficou impossibilitada a execução das práticas presenciais do curso, que por sinal são de suma importância para nós alunos. É tendo o contato com equipamentos e também saindo às ruas para apuração de dados e matérias, que aprofundamos mais o nosso conhecimento, além de estar em contato direto com os veículos de comunicação”, afirma Daniel Reis.

Antes //   Depois

“A realização das atividades acadêmicas tem sido uma nova forma de lidar com os desafios provocados pela pandemia do novo coronavírus. Como a impossibilidade de interação com outros alunos por meio de grupos de estudos e práticas escolares. Além disso, tenho a consciência que essas dificuldades não rodeiam apenas o setor acadêmico e sim diversas outras áreas”, ressalta Manuella Revelly.

Antes // Depois

O cenário educacional de forma remota migra também para dificuldades entre aqueles estudantes que não contam com ferramentas tecnológicas para o devido acesso às aulas. Como é o caso da estudante Leidijane Carvalho que atualmente está cursando o período final (8°) do curso de Jornalismo.

Foto: Leidijane Carvalho
estudante de jornalism
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“Estou cursando as disciplinas de estágio e TCC, o que torna uma dependência muito grande da tecnologia para o acesso às aulas online. Não possuo computador e nem acesso a uma internet de qualidade no meu bairro. Assisto às aulas e faço meus trabalhos pelo celular, e não tenho o Wi-Fi em casa, dependo apenas de dados móveis, que automaticamente depende também da área telefônica, ou seja, quando fico sem área, fico sem acesso a internet, o que acaba me prejudicando na hora das aulas, orientações e estágio” comenda Leidijane.

INTERATIVIDADE

Confira as opiniões do estudantes Sarah Aquino, Daniel Reis e Manuella Revelly, sobre os pontos positivos e negativos em relação ao ensino remoto no infográfico a seguir:

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