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Run Capadócia Nordestina reúne belas paisagens e boas histórias de superação

Pedro Superação. Foto: Glenda de Sousa Leal

Por Glenda de Sousa Leal – Acadêmica de Jornalismo da Faculdade R.Sá

Nunca será apenas um esporte. A frase, sempre comentada com fervor pelos adeptos e apaixonados pelas mais variadas categorias, ganha força e evidência em eventos desportivos, ambiente que possibilita e nos convida a conhecer grandes histórias de luta, amor e superação, sejam elas pessoais ou profissionais.

Melk Silva, profissional de Educação Física pela Universidade Estadual do Maranhão, é integrante do grupo ‘Desbravadores do Sertão’, grupo originado em Picos que, hoje, abraça 35 participantes ativos, todos formados em Educação Física, na cidade de São João dos Patos, no Maranhão. O profissional conta que a vinda de uma cidade tão longe se deu pela volta às origens, já que o Picos Pro Race, maior prova de MTB do Piauí foi o pontapé inicial.

Melk Silva. Foto: Glenda de Sousa Leal

Questionado sobre os desafios da prova, o atleta de corrida desde 2009 evidencia que foi um marco de resistência pessoal. Superando a chikungunya e um problema no tornozelo, Melk afirma que a principal dificuldade foram as inclinações encontradas no trajeto.

“O principal obstáculo hoje, pra mim, foram as subidas. Estou vindo de chikungunya e um problema no tornozelo, mas graças a Deus terminei o percurso bem, aproveitando. A subida é o de menos. Olhando para a paisagem, já da para amenizar um pouco a dor”, conta.

O Run na Capadócia Nordestina foi um evento que integrou atletas de diferentes regiões e estados do Nordeste, sempre com uma boa história para contar. Pedro Alves, ou ‘Pedro superação’, como também é chamado, participa de corridas de rua há 2 anos e meio e veio ao Piauí diretamente da Bahia para exercer o que passou a ser a sua paixão e identificação após a amputação da perna.

“Depois que eu amputei a minha perna eu passei a querer experimentar coisas novas. Eu via as pessoas correndo e disse para mim mesmo: eu vou tentar fazer algum esporte. O esporte que eu me identifiquei foi a corrida de rua”, afirmou Pedro.

Pedro Superação. Foto Glenda de Sousa Leal

O corredor, que nota os olhos de julgamento e desconfiança das pessoas ao vê-lo em provas, assegura que consegue reverter todo preconceito com o passar dos minutos da competição, fazendo com que as pessoas se conscientizem acerca das deficiências, reconhecendo que estas não são limitantes, desde que haja um conjunto de motivação pessoal e inclusão por parte da organização do evento e Poder Público.

“Qualquer pessoa pode ter uma deficiência, mas vai da cabeça e querer dela mudar de vida e história. Eu mudei a minha. Muita gente olhou pra mim e dizia: ‘você não será homem nunca mais’. Através do esporte, eu consegui mudar os pensamentos das pessoas. Hoje eu não me sinto somente um deficiente, mas eficiente”.

Pedro não leva o apelido de superação em vão. Acreditando que o esporte é, além de uma paixão, agente modificador de vida, ressignifica todos os dias os olhares duvidosos e críticas alheias para se tornar alguém melhor do que ontem já foi. Ele deixa um recado para quem passa por alguma dificuldade de vida e as chances acabaram.

“Viva a sua vida sem medo. Viva sua vida sem ouvir as críticas. Se ouvir, leve sempre para o lado bom. Críticas às vezes vêm para cada dia a gente melhorar, para que aquelas pessoas que criticaram amanhã possam te elogiar”, pontua.

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