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Karoline Cavalcante de Azevedo é graduada em Pedagogia pela UECE (Universidade Estadual Do Ceará) e formada em Administração de Empresas pela UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú). Tem pós-graduação em Didática e Metodologia do Ensino e em Gestão de Recursos Humanos. Com 38 anos de idade, é professora na EEEP – Escola Estadual de Educação Profissional Maria Eudes Bezerra Veras em Novo Oriente- CE.
Residente em Crateús-CE, conta que quando foi fazer sua primeira graduação teve muitas dúvidas, mas por não ter condições de ausentar-se da sua cidade natal graduou-se em Pedagogia. Ela relembra os locais que já trabalhou, citando a empresa Blosson Ville que chegou a ser gerente na instituição, “uma experiência enriquecedora quando prestava serviço a ela, mesmo não sendo formada em Administração”, ressalta. Também prestou serviços ao Banco Bradesco, Banco do Brasil, Instituto Agro Polos que presta serviços à EMATECE, todos no setor administrativo, destacando que hoje é professora concursada pelo SENTEC (Instituto Centro de Ensino Tecnológico).
Perguntada por qual motivo resolveu fazer uma segunda graduação, Karoline diz que foi quando começou a trabalhar no Bradesco, por que tinha em mente que precisava de uma formação na área por estar trabalhando em um banco.
Ela conta também que ano passado estava com um empreendimento: Karoline Azevedo Culinária FIT, porém estava muito sobrecarregada por ser a pessoa responsável por fazer as comidas e ainda entrega-las, “pretendo retornar, pois minha clientela é muito grande” diz Karoline.
De forma emocionada, a professora que é chamada por seus alunos de “tia Karol” menciona que o mais prazeroso no seu trabalho é sem dúvidas o retorno que tem dos seus alunos, o carinho, o amor e a dedicação e que isso é o que lhe motiva a continuar nessa trajetória docente.
Questionada sobre os obstáculos que enfrenta dentro da sala de aula, responde “costumo dizer que sou uma pessoa de muita sorte, não tenho dificuldades para ministrar aula para os meus alunos, eles são maravilhosos, todos aqueles que já passaram por mim e os que continuam, não tenho o que reclamar, tive muita dificuldade lecionando para acadêmicos na faculdade, pois a indisciplina era muito grande agora no ensino médio não tenho obstáculos” relata.
Quando perguntada sobre sua experiência dentro da escola técnica afirmou que é um trabalho “mais prazeroso e menos difícil”, acrescenta ainda que costuma dizer que eles são privilegiados por que a maioria dos conteúdos ministrados em faculdades eles conseguem ver dentro do ensino médio, “meus alunos que fazem o curso técnico em Administração boa parte dos conteúdos serão repetidos quando estiverem em uma graduação, vejo que a maioria sai preparada para o mundo, vida profissional e uma carreira, esse é o nosso objetivo”, afirma.
Destaca que na Escola Estadual de Educação Profissional Maria Eudes Bezerra Veras é uma o ensino muito puxado, pois além das aulas da base regular, os alunos participam de projetos voltados para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e para SPAECE (Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará) “esses projetos estão se ampliando, é cansativo tanto para os profissionais como para os estudantes, além disso a maioria dos alunos é da zona rural, é muito esforço, mas quem almeja um futuro melhor está no caminho certo”, destaca a coordenadora do curso.
A EEEP é de ensino integral, têm os horários de descanso, mas alguns alunos buscam atividades de monitoria, “Não tinha em mente trabalhar onde estou hoje, estou e permaneço no ensino médio pelos meus alunos, pelo retorno que tenho, pois não há dinheiro no mundo que pague” declara a professora.
Karoline nos conta que sua rotina é um pouco cansativa, pois mora em outra cidade e precisa acordar todos os dias as 4h40 para chegar a tempo em Novo Oriente/CE, “vou buscar os meus colegas que vão comigo, as 07hr e 10min já estou em sala de aula para começar a ministra-la, passo o dia todo na escola e não paro um minuto é muito cansativo e ainda trago trabalho para casa, só quem é professor sabe, mas não tenho o que reclamar é uma rotina que começa às 04hrs e 40min e acaba 16hrs e 40 min da tarde, que é o horário que saio da instituição, contudo só chego em casa ás 18hrs, pois pego estrada de uma cidade para a outra”, comenta.
A professora e administradora Karoline Azevedo carrega consigo que “devemos procurar viver como um leão, sabendo sobreviver como um coelho por que a concorrência muitas vezes é desleal”, Finaliza a professora.
Por: Aparecida Mota
Acadêmica do 2° período de Jornalismo da Faculdade R.Sá
