Professores relatam expectativas do retorno às aulas presenciais

O coronavírus fez com que educadores enfrentassem vários desafios.

Por Edislene Macedo

Com a decorrência da pandemia do coronavírus nos últimos dois anos o sistema de ensino  teve algumas mudanças, por recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), estabelecimentos de ensino tiveram que optar por aulas remotas. Com a diminuição de infectados, aos poucos as escolas vem retomando a rotina gradualmente. Mas qual é a visão dos professores sobre a volta às aulas presenciais? Os professores Jafé Vera, 35 anos, e Anne Karola, 33 anos, relatam suas expectativas e ainda falam da preocupação com a aprendizagem.

Para Jafé, professor da rede estadual de ensino de Isaías Coelho e rede municipal de Conceição de Canindé e Vera Mendes do Piauí, com quinze anos de profissão, na sua opinião não garante que as aulas possam volta normalmente em 2022, devido esse cenário da pandemia, porém deseja o retorno das aulas. Já Karola, professora da Unidade Escolar Nelson Moura Fé (Isaías Coelho), atuando como docente há seis anos, ela acredita que sim, pois os números de pessoas vacinadas estão crescendo, principalmente entre os jovens.

Os educadores ainda avaliam esses dois últimos anos com aulas remotas e híbridas. “Aulas remotas em muitas regiões do Brasil não funcionam, é um faz de conta. Já o ensino híbrido é uma das soluções nessas situações de uma pandemia como essa”, comenta Jafé.

“Na nossa realidade é um sistema ainda muito distante de alcançar a todos e isso provoca ainda mais uma desigualdade educacional, e como consequência social entre nossos alunos, pois a grande maioria não possui acesso a internet. Mas durante os dois anos, nós enquanto professores, na escola a qual trabalho, sempre fizemos e continuamos fazendo o possível para não deixar nossos alunos desamparados”, fala Karola.

Os professores ainda ressaltam a preocupação com a aprendizagem neste período, Jafé conta que a aprendizagem é quase zero para muitos alunos que não tem recursos tecnológicos como também para aqueles a quem falta motivação, entres outros fatores.

Anne Karola destaca:

“Infelizmente nós estamos vivenciando um período muito conturbado, de muitos desafios, e muito difícil em relação ao processo de ensino e aprendizagem. Com o retorno às aulas presencias gradual, pude perceber que precisamos planejar e realizar medidas que venham sanar o prejuízo causado para os nossos alunos nesse período. Não podemos simplesmente apagar o que passou, é preciso fazermos algo por eles”, conclui.